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O Forasteiro Prologo Fazem 11 anos e 1 mes que aconteceu o atentado do Afeganistão contra os Estados Unidos, onde foi um dos maiores desastres do século. Na época, eu estava com 3 meses e 11 dias morando em Londres e estava trabalhando num lugar importante da cidade. Detalhes desse particular dia, vou contar mais a frente. O que realmente aconteceu. Tanto à minha volta como também o que aconteceu à cidade de Londres. Gostaria de voltar desde do início ao que eu chamo de ” A saga de um piauiense rumo a europa “. Mencionarei desde o dia que decidi a fazer a essa grande viagem, dos planos, da ação, da viagem, da chegada, da imigração, do medo, dos receios, das descobertas, dos dias bons e ruins, do primeiro dia, da primeira semana, do primeiro mes, até os dias de hoje. Eu vou falar sobre a cultura, costumes e lugares europeus, mas é a Inglaterra que vou focalizar mais, falando da integração da cultura e costumes ingleses em geral. na minha vida e na dos brasileiros que aqui vivem, enfim na vida de um imigrante estrangeiro em geral. Afirmo e reafirmo que essa experiência aconteceu em 2001 e que depois de ataques terroristas e bombas, as leis britânicas mudaram drasticamente. As portas fecharam! Todo brasileiro que quiser passear na Inglaterra tem grandes chances de conseguir entrar como tem grandes changes de ser deportado sem se quer ver os ponteiros do relogio do Big Ben. A triagem é bastante rigorosa atualmente. Quem quiser estudar têm que aplicar para o visto de estudante no país de origem. Quem quiser passear tem uma serie de procedimentos basicos que o turista deve tomar. Como exemplo, a passagem de volta, carta de trabalho, etc. ps1: Antes de viajar, O meu patrao na epoca me disse: Deixe de besteira. compre um carro em vez de gastar com viagem. Moral da estoria: Eu nao comprei o carro! prefiri viajar. meu patrao morreu e nao levou o carro dele com ele no caixao. Eu continuo vivendo e quando morrer levarei comigo uma colossal experiencia e conhecimento. ps2: Entendo. Pessoas ficam felizes no lugar de origem. Nao precisam viajar. Ja encontraram o que procuram da vida. Sao felizes. CAPITULO 2 The dream Como um sonho de uma criança curiosa e inquieta, eu sempre quis conhecer o outro lado do oceano. Considerando o ponto de referência “Piauí”, eu queria viajar no sentido leste, em particular. Minha mãe era professora de Estudos Sociais e Geografia e tínhamos em casa, vários livros e quando eu olhava no Mapa Mundi, meus olhos fixavam na parte europeia, e em meus pensamentos, eu ficava fascinado e tentava imaginar a minha chegada na minha velha terra prometida. Detalhe: Eu não vim de caravelas! Do sonho à realidade, não foi tão díficil. Apenas 4 anos de inteira dedicação. Eu passei 1 ano trabalhando os 3 turnos em 3 lugares diferentes recebendo 3 salários. O turno da noite era o pior. Terminava o trabalho 1 da manhã. Juntar o dinheiro era apenas um pequena grande parte do processo. Mas, o mais importante mesmo, era ter um alguém na chegada para receber-me. E olha que sorte eu tive! eu tinha alguém, mas não era apenas um “alguém”, era um amigo. Foi através desse amigo que realmente que tudo se concretizou. Eu sonhava com a Europa como um todo. De Portugal até o leste europeu. Mas o meu amigo morava em Londres - Inglaterra. E ele mostrou-me o caminho britânico. Os primeiros passos, o que fazer(tirar o passaporte brasileiro e comprar a passagem ida-volta), o que levar(o mínimo possível), como fazer(mostrar a imigração que você é turista) e me falou algo que eu considero importante. Se eu não gostasse ou não me adaptasse, eu poderia ao menos, voltar falando inglês. Fiquei otimista com a possibilidade. Comecei a minha pesquisa na internet a todos os sites que se referia a Londres. Até parecia que tudo estava destinado. Quando resolvi comprar a passagem, um amigo trabalhava na Transbrasil e conseguiu uma passagem para Lisboa ida-volta com um generoso desconto. No dia tão sonhado da viagem, o meu pai falou e enfatizou uma das frases mais importantes da viajem: Lembre-se, se não der certo, você tem uma casa pra voltar. Isso me marcou! A passagem internacional era Fortaleza-Lisboa-Fortaleza. Para economizar dinheiro, resolvi sair de Teresina-PI, de ônibus. De uma forma nostágica, meus familiares e amigos foram à rodoviária dar o “goodbye”. Era 15 de maio de 2001. Na despedida, não chorei. Queria ser forte. Quando entrei no ônibus, foi difícil me conter. Duro deixar a quem você ama para trás. Foram-se 9 horas de uma viagem turbulenta atravessando as primeiras fronteiras e uma serra perigosa chamada “Serra da Ibiapaba” entre o Piauí e o Ceará. Cheguei em Fortaleza exausto. Apreensivo, entrei no saguão do aeroporto de Fortaleza tremendo, mas determinado. Afinal, tinha jogado tudo para o alto. Os pensamentos confusamente misturados de sonhos, receios e arrependimentos, vice-versa. O meu amigo da Transbrasil estava presente. Os anjos começaram a criar asas em torno de mim e me proteger. A viagem de avião foi um desastre …. >>>> CAPITULO 3 "Turbulenta viagem" Na sala de espera do aeroporto de Fortaleza, estava eu, pensando num turbilhão de coisas. E foi exatamente nessa viagem, é que eu descobri que, em uma de muitas, eu tinha um determinado tipo de paranóia. Daquelas do tipo que você verifica duas vezes se fechou a porta de casa, ou se passou a chave na porta ou se você desligou o ferro depois de ter saido de casa. Então, antes de entrar no avião, decidi tomar um café. Fui a lanchonete. Pedi o café e aproveitei para me despedir da culinária brasileira: do pão de queijo e da coxinha. Tirei minha carteira de dinheiro, cartões de crédito e documentos do bolso da calça. Paguei a conta e fui para a fila de entrada do avião. Entrei, e logo em seguida, achei minha poltrona. Peguei meu livro pra ler, sentei, apertei o sinto de segurança e relaxei. Quando o avião começou a decolar, eu, na minha iniciada e benigna paranóia, apalpei o bolso de trás da calça para ter a certeza que minha carteira de dinheiro estava segura. Para a minha surpresa e meu desespero, ela não estava. O coração começou a palpitar forte. Começei a suar frio. Eu não podia me levantar. O sinto de segurança me prendia ferozmente afivelado e aeronave ainda estava decolando na posição diagonal. Dava para ver a cidade de Fortaleza e o mar azulado junto dela, pela janelinha. Eu imaginei: “Será se eu deixei a carteira no balcão da lanchonete onde eu tomei o café?” e num ato quase de pânico, deu uma profunda vontade de gritar dizendo : - Parem o avião, pelo amor de qualquer coisa! Eu esqueci minha carteira na lanchonete. Mas nao, fiquei calado em meu silencioso ataque de pânico. E num piscar de sílios, veio a guilhotina virtual e final no meu pescoço e pensei: O que farei na hora que imigração portuguesa me pedir os documentos(identidade, CPF, título, reservista)? Ai veio a culpa. Tentava encontrar meios de colocar a culpa em alguma coisa. Primeiro pensei: Porque eu não coloquei a bendita carteira na mochila, ou na pochete onde junto, estava o passaporte, a camera fotográfica e os travellers checks, ou mesmo ter segurado na mão Poxa vida! Será que tem quer ser difícil assim. Para eu ficar menos mal e dá uma de coitado na minha própria estória, eu resolvi colocar toda a culpa na coxinha e no pão de queijo que eu comi. Pronto, resolvido a minha culpa, mas eu precisava da carteira, afinal como eu ia me virar no meu mundo novo de fantasias de pura realidade? Passado instantes, a aeronave se posicionou em posição horizontal,. em cima das nuvens flutuando. O piloto avisou pelo interfone que poderíamos desafivelar os sintos. Eu sabia que não precisava olhar na mochila ou na pochete. Não estaria em nenhuma delas. Corri como Barrichelo, atrás da aeromoça. O meu coração quase pulando goela acima. Falei o que estava acontecendo e prontamente ela disse que ia ajudar. Que ia pedir à cabine para ligar para o aeroporto e perguntar se tinham achado uma carteira no balcão da lanchonete. Que era para eu ficar calmo, e me posicionou na poltrona dela. Deu-me água e pediu para eu respirar fundo. A única coisa realmente que eu queria era a minha carteira. Mais calmo, voltei a minha poltrona. Enfim, eu não podia fazer nada. E nem se eu quisesse, Lá estava eu, pairando no imenso céu, dentro de uma lata suspensa no ar, no meio do oceano atlântico, há 500 mil pés de distância e o pior de tudo, sem identidade. Mas, como eu sou uma pessoa otiminista, eu não me deixei abalar mais do que já estava. Resolvi aproveitar a viagem. Era a hora do almoço. Pedi vinho branco. Era amargo! Até pensei em pedir um vinho “santa felicidade” que é mais docinho, mas seria indelicadeza com o vinho servido a bordo. Bobeira! Era amargo, mas delicioso. Almocei um peixe sem sal e salada mixta ou "mística"? Sem comentários. E pedi mais vinho. Eu queria me embebedar para esquecer a tragédia da carteira. Na quinta garrafa de vinho, o avião deu uma turbulência tão grande que virou o copo cheio de vinho nas minhas pernas. E para minha maior surpresa, e um sorriso amarelo de felicidade e vergonha, senti que a minha bendita carteira, toda molhada de vinho, estava no bolso da frente da calça e não como de costume. Eu sempre colocava minha carteira no bolso de trás. Para comemorar, eu pedi mais vinho. E num passe de uma mágica bebedeira, a viagem, de um desastre virou um aprendizado. Adormeci. Acordei com o vinho branco amargo na boca e a experiencia! Viva! Algumas horas depois, era a hora de enfrentar a imigração portuguesa e quando chegou minha vez de mostrar os documentos, eu ... Capitulo 4 Chegando em Lisboa Eram sete horas da noite, quando o avião finalmente pousou no “Lisbon Portela Airport” (Aeroporto de Lisboa). Depois do porre do vinho, e ter achado minha carteira, eu dormi como um anjo em cima de um algodão doce. Estava revigorado para a nova etapa: enfrentar a imigração portuguesa. Como todo marinheiro de primeira viagem, eu não sabia realmente para onde ir. Resolvi seguir uns brasileiros que pareciam ser bem confidentes. Foi um erro. Um ótimo conselho: nunca siga ninguém se você não tem certeza do que eles e você estão fazendo. Eles foram para a fila errada. A sorte minha é que observei o erro antes, e voltei para onde eu realmente pertencia: A fila dos atentos. A área de imigração nos aeroportos geralmente são bem grandes e espaçosas. Cada fila tem seu propósito. 1. A fila de quem faz parte da CE(Comunidade Européia: Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Holanda, e etc) . A entrada é livre entre países. 2. A fila de quem não faz parte da Comunidade Européia. Se os agentes da imigracao quiserem, a entrada é bloqueada. E claro, eu estava incluso na segunda fila maior, a não-européia. O passaporte americando sul) virgem de carimbos. Aliás, o único carimbo que eu tinha era da Polícia Federal-PI dando passe livre para eu viajar para fora do país. Eu, na fila quilométrica, carregando na mão,o passaporte brasileiro cor casca de abacate, eu estava imerso na minha maior atitude patriótica até então: Levar um ser brasileiro-piauiense, mundo afora. Chegada a minha vez, entreguei o passaporte cor abacate e a passagem ida-volta, ao oficial português de bigode. As perguntas foram básicas: 1.Qual o propósito da viagem? Férias. 2. Quanto tempo a estadia? 28 dias. Rapidamente ele abriu o passaporte abacate. Escolheu uma folha qualquer no meio, e estampou o carimbo de bem- vindo à Portugal/O direito de ficar três meses de férias. Ele disse: Aqui está o seu passaporte! Boas Férias. Eu me perguntei: - Era somente isso? Interminavéis horas eu passei dentro daquele avião, martelando o que eu deveria dizer. Quais eram as desculpas esfarrapadas que eu iria dar. O medo de ser renegado e rejeitado. E lembrei de uma frase que diz “se você tem medo de sofrer, você já está sofrendo”. Peguei minha pequena mala, minha mochila, minha pochete, e minha carteira no bolso da frente suja de vinho e fui em direção à saída do aeroporto. Fui ao orelhão ligar para a irmã da amiga de minha mãe que mora em Lisboa. Minha mãe pediu que se ela poderia me pegar no aeroporto e levar ao hotel. Eu liguei. Ela atendeu. Ela estava ocupada. Que não podia fazer nada. Eu desliguei dizendo obrigado. Fui simples, prático e sintético. Não fiquei chateado. No fundo achei melhor. Não queria incomodar e nem depender de ninguém. Sai do aeroporto levando a minha vida nas mãos. A mala. A mochila. A pochete. A carteira. Era final de primavera, mas o tempo naquele dia, apesar de claro, estava neblina forte. Estava frio. Quando cheguei na parada, tive que perguntar a uma senhora qual era o ônibus que iria para o centro de Lisboa perto da Marquês de Pombal. Eu imaginei o que faria se não tive encontrado aquela bendita senhora(sem bigode) naquele momento. Pior ainda, que não falasse meu idioma! Esperei uns 10 minutos pelo ônibus. Naquela época ainda nao se tinha a moeda euro em Portugal. O nome da moeda corrente portuguesa era escudo. Paguei a passagem de ônibus com escudos. O motorista português de bigode foi atencioso. Não gritou comigo. A viagem do aeroporto até a Marques de Pombal, foi interessante. Tudo era novidade. Ruas largas, fontes luminosas, grande estátuas, prédios suntuosos. flores e plantas por todos os lados. Em meus pensamentos: Que maravilha! Estou me sentindo como se tivesse no primeiro mundo. Me belisca! Eu estou no primeiro mundo. Desci do ônibus na parada Marques de Pombal. Imediatamente senti o ar puro da fria brisa atlântica. Quando eu cheguei no hotel que tinha sido recomendado por um dos comissários da Transbrasil, eu achei que eu tinha voltado para o terceiro mundo. Rapidamente, o conto do cinderelo tinha acabado. A carruagem não virou abóbora, virou um pequi. O lugar era bem simples. Parecia mais uma acabada pousada, mas limpa. O recepcionista foi sincero: - Não temos vagas aqui. Se desejar, temos uma pensão do outro lado da rua. Eu estava exausto, mas fazer o que?, eu queria dormir. Fui rastejando e as malas eram que me guiavam. A recepcionista era uma senhora típica portuguesa(sem bigode), baixinha e seriamente entrucada. Levou-me até o quarto onde tinha uma cama, e um guarda-roupa se desmanchando. parecia mais uma escultura de Salvador Dali. Apenas isto. O banheiro, ou melhor, “a casa de banho”, assim como eles falam , era comunitário no final do corridor. Ela retrucou: Temos banheira, mas não temos água quente! Não fiz cara feia, no Piauí não usamos banheira mesmo. Ai que me dei conta que eu tinha que banhar com flocos de gelo saidos da torneira. Quase que eu pedi a ela o meu café da manhã no quarto. Café árabe, leite de cabra das colinas de Sintra, 2 ovos grandes com as claras bem passadas e as gemas meia- mole, sem passar do ponto, 1 suco de groselhas do Porto e 1 croissant. Eu só queria dormir. Paguei quatro diárias necessárias para minha estadia. Afinal, eu nao queria luxo no quarto, apenas um lugar para guardar meus pertences e explorar a cidade. E se vocês realmente quiserem saber a razão de eu ter ficado com o quarto era o fato de ser possivelmente, a pensão mais barata da Europa. Eu precisava desesperadamente economizar! Depois de um banho estremamente gelado, daqueles banhos que para aguentar você tem que cantar o “hino da bandeira” e pular, sai correndo do banheiro para o quarto, cai na cama e adormeci cansado da jornada. Quando amanheceu, esperei a portuguesa sem bigode, trazer minha bandeja de café da manhã, meu leite, os ovos ao ponto, meu suco de groselha e meu croissant, mas para a minha volátil e sensível realidade, ela nunca apareceu. Nem sequer trouxe toalhas de rosto limpas. A fome bateu. O frio continuava. Acostumado com o calor do Piauí 366 dias por anum dia a mais), eu imediatamente me vesti dos pés a cabeça e sai procurando comida ao redor do quarteirão. Depois de 3 quadras eu encontrei ao que chamo a salvação dos meus 4 dias. Um supermercado! Que se chama Pingo Doce Supermercados. Comprei croissants, presunto, suco de uva e maçã. Voltei para o quarto. Comi quase tudo, apesar de não ter sido servido na bandeja pela portuguesa sem bigode. Determinado, sabia que uma dia na minha vida, eu ia ter esse privilégio. Eram 9 horas da manhã quando sai para explorar a cidade e no pescoço, eu levava minha máquina fotográfica pronta pra clicar e fleshar(será se existe esse verbo ou eu estou inventando?). E para a minha surpresa, eu escuto vozes. Eram de …. Capitulo 5 Passeio Lusitano As vozes eram de um casal brasileiro. Eles estavam falando de dívidas. Eu imediatamente passei para o outro lado da rua. Já bastavam as minhas para me preocupar. Segui em frente apreciando a arquitetura. O mais engraçado era que na minha mais notória inconsciência, eu estava comparando certos prédios com o que temos no Piauí. Um sobrado ali. Uma esquina acolá. Algum azulejo na parede. A sacada ou varanda com roupas estendidas para secar. O céu brilhando azul-piscina. Tudo muito similar, mas claro, estava comparando a estrutura física do lugar. A riqueza de detalhes é imcompáravel. O Piauí, é somente um pedacinho da imensa cultura lusitana espalhada no planeta. Caminhando ladeira abaixo, ladeira acima, pedi a um casal de brasileiros para tira uma foto minha no bairro Baixa-Chiado que fica no centro de Lisboa. Eles não falavam sobre dívidas então, pedi informações sobre a cidade. Quando realmente me sintonizei com o mapa na minha mão, os lugares foram mais fáceis de explorar. Os pontos principais ficam perto um do outro. Da Praça dos Restauradores e da Central do Rossi estação de trem) , você pode ir caminhando para o bairro Rossio. Por lá, passam a maioria dos ônibus da cidade, inclusive o que vai para o aeroporto. O metrô, apesar de pequeno, é eficiente. A acessibilidade é imensa. No centro, existe a rua chamada “Augusta”, que pode ser considerada a maior rua de compras de Lisboa. No final dela, em direção ao rio Tejo, existe um grande arco e logo em frente a magnífica Praça do Comércio. Passei os 3 dias em constante admiração por Lisboa. Uma cidade espetacular! Para quem gosta de arquitetura, esse é o lugar. Mal sabia que, depois de conhecer várias capitais européias, um dia eu diria que Lisboa é a minha cidade favorita. Já voltei para passear 2 vezes, sendo que, cada vez, é uma experiência diferente. A qualidade de vida é muito boa. Depois de memoráveis dias, era hora de enfrentar a temida imigração britânica, e se eu não fosse aceito, eu já tinha um destino: Lisboa. Comprei a passagem para Londres, ida-volta, 3 horas antes de embarcar. E lá fui eu a mais uma viagem de avião. Dessa vez, não tive nem tempo de me embriagar com vinho. A viagem dura 2 horas. Me contentei com um café morno com leite. E mesmo se eu quisesse beber vinho, eu estava nervoso demais para me embebedar. Queria absolutamente está sóbrio para qualquer pergunta ou situação imprevista. Como era um vôo doméstico entre países da comunidade européia, eu praticamente era um dos únicos forasteiros de toda a lista de passageiros. Isso eu soube, porque quando não se faz parte da comunidade européia, o passageiro tem que preencher um formulário perguntando seu nome, de onde vem, para onde vai, o seu endereço, sua profissão. Isto foi anunciado através dos comissários de bordo. Quem não fosse da “european community”, tinha que ter o fomulário preenchido na mão na hora do desembarque e entregar junto com o passaporte ao agente de imigração. Desembarcando do avião, às 2 da tarde, eu pensei rápidamente em ir para a fila de triagem. O fato é que se você for um dos primeiros, você tem a grande chance de ser verificado e liberado mais rápido. Eu digo por que, nessa hora, os agente estão mais calmos, e atenciosos. Eles querem se livrar da fila grande que vai se formando. Se você for um dos últimos corre o risco de você ser barrado e deportado. Mas cada caso é um caso! E quando chegou na minha vez, eu gelei quando ...

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